Temos medo de errar, isso é fato. Acho que nunca encontrei alguém que algum dia estivesse feliz por que errou. Na verdade, até hoje encontrei muito mais gente com medo de errar do que alguém que tenha se arriscado a fazer algo…

Por outro lado, já li várias vezes que pessoas muito bem sucedidas falharam algumas vezes até de fato “acertar”. Tem até uma frase famosa de Thomas Edison sobre isso, em que ele diz que ele não errou mil vezes antes de criar a lâmpada e sim que ele aprendeu mil formas de como não se fazer uma lâmpada. Pensando um pouquinho mais na nossa época, podemos pegar o exemplo do Steve Jobs. Já pensou quantas vezes ele errou ao criar um produto, porém insistiu até que ficasse bom o suficiente? Acredite, foram muitas!

Enfim, pensando ainda mais no nosso dia a dia, temos medo de errar nos nossos relacionamentos, de falar a coisa errada, de fazer as escolhas erradas, de deixar um emprego, de questionar, de fazer um comentário e parecer bobo, de investir em algo e não dar certo, enfim, muito medo de dar um passo a diante e ver que a nossa super ideia não deu certo…

Biologicamente, no nosso cérebro temos uma pequena parte chamada amígdala, que é conhecida por sediar o medo e a ansiedade. A função dela é de assistência em relação a nossa sobrevivência e autoproteção. Quando estamos sob fortes emoções, a amigdala dispara um alarme que tem função protetora, sendo responsável pelo reflexo de luta ou fuga, ou seja, quando esse alarme soa ou vamos para ação e enfrentamos esse medo ou desistimos e continuamos na mesma (se eu não arriscar não tem como errar não é mesmo?).

O fato de termos medo de algo, também é bom. Nos faz ser mais prudentes sobre algo. Se esse medo não existisse, correríamos riscos desnecessários. Acredito que as palavras chaves aqui seriam a dosagem do risco e a escolha de quais medos queremos enfrentar.

Particularmente, eu sou uma pessoa bem medrosa, mas tenho aprendido a andar junto com meus medos. Sempre digo que “ir com medo mesmo” ou fazer algo apesar do medo, é um ato de coragem. Nas minhas escolhas diárias sobre quais medos vou enfrentar, tenho usado algumas estratégias que tem ajudado muito, como por exemplo:

– Pensar/listar sobre a melhor coisa que pode me acontecer se eu decidir ir em frente

– Pensar/listar sobre qual é a pior coisa que pode me acontecer se eu fizer aquilo e não der certo

– Ter um plano B, C, D (e quantos forem necessários), para caso não tenha dado certo

E no fim, depois de pensar sobre esses pontos, tomo a decisão de ir em frente ou não – de lutar ou fugir.

Mas acho que o mais importante disso tudo é escolher como eu quero enfrentar/ver meus erros. Posso escolher ficar triste e frustrada por que não deu certo e desistir de vez ou posso escolher aprender com esse erro e pensar o que posso fazer diferente agora que eu sei que daquela maneira não funcionou, e então, continuar tentando.

Pra concluir, vou deixar frase do Steve Jobs que gosto muito: “Você pode encarar um erro como uma besteira a ser esquecida, ou como um resultado que aponta uma nova direção”.

Até a próxima!